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Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive Ricardo Reis
O plano inicial era fazer um dia neve. Acordaríamos bem cedo, por volta das 5 da manha e 180 km depois estaríamos no monte Baw Baw. Com o aproximar da data e o crescente entusiasmo, os planos mudaram e decidimos ir para o monte Buller, a 270 Km de Melbourne, por ter melhores condições de neve. Sendo assim ir e vir no mesmo dia deixou de ser uma opção.
Como não havia alojamento disponível tão em cima da data, os meus compinchas decidiram acampar por lá. Adorei a ideia nos primeiros segundos e dei toda a forca, mas logo depois caí em mim. Acampar? Selvagem? Estão -2°C!?
As pessoas que tomaram conhecimento do nosso plano riam-se ou ficavam escandalizadas. Eu nunca tinha acampado por aqui, muito menos no Inverno e muito menos ainda na neve... Movida pelo receio liguei-lhes a dizer que era melhor pensarmos noutra opção porque não queria ficar com uma pneumonia. Convenceram-me facilmente com o seu entusiasmo e espírito de aventura.... Sou uma fácil, mas adoro esta sensação de liberdade e de sentir borboletas na barriga!
Comprei equipamento e um casaco de neve, levei três sacos-cama e uma saco de agua quente (fez parte do acordo aquando da negociação, para me aquecerem agua antes de dormir).
Chegou o dia, sexta-feira, e partimos pelas 6 da tarde já com noite serrada. Subimos parte do monte Buller e paramos para dormir já bem no cimo do monte. Na manha seguinte estávamos relativamente perto estancia e começamos a esquiar o mais cedo possível.
O que eu adoro estar rodeada de frio e neve com um café quente na mão logo pela fresquinha!
Na primeira noite montamos a tenda a chuva. Durante os dois dias não houve banho para ninguém. Toalhitas húmidas em casas de banho quentinhas, na estancia ou em restaurantes, foram essências para manter os mínimos.
Alugamos correntes para as rodas carro mas perdemos uma no caminho. Ainda voltamos para trás para a encontrarmos mas de nada serviu.
Na segunda noite já não chovia, só nevava (hehe), mas foi a noite que melhor dormi e de manha quando acordei abri a tenda e tinha 5 cangurus a olhar para as tendas com um ar de: “Quem são estes intrusos que ocuparam o nosso território?”. Maravilhoso!
Arrumamos as trouxas e seguimos caminho e paramos para comer em restaurantes e pubs deliciosos e quentinhos.
Pelo caminho tivemos alguns contratempos como troncos caídos no meio do caminho. Nada que nos impedisse de seguir depois de os desviar para berma!
Adoro sentir (assim) a natureza, de manha à noite sem os confortos da vida moderna. Tudo se relativiza e olhamos mais para dentro de nos e para o que realmente importa.
Fiz Ski, todo o terreno, hiking, conversei e ri muito, relaxei... Eu adoro o S e o M, são dois amigos que conheci há pouco tempo, aventureiros e loucos mas que confio e admiro muito. Relembram-me sempre como é bom testarmos os nossos limites.
Quando cheguei a casa, tomei um banho quente "tão desejado" e ao deitar-me na minha cama confortável senti uma enorme felicidade. Foi uma aventura muito especial e o meu coração estava cheio.
Nota: desta vez não vim tão destruída como na ultima vez que decidi acompanha-los para fazer um fim-de-semana de bicicleta de montanha, também no Monte Buller.
Adoro pão!
Casa sem pão, é para mim... um desconforto! Não há pão, não há comida!
Desde que sai de Portugal que nunca consegui encontrar uma padaria que me agradasse. Resolveu-se o assunto com uma maquina de pão.
Não é pão de Mafra ou Algarvio mas estou super feliz com os pães deliciosos que preparo. Muito mais saudáveis e variados!
Agora vamos ver quais as consequencias de comer pão quente todos os dias!
Vou ter que me controlar!
Depois de algum tempo de procura, estou feliz e principalmente muito entusiasmada por poder trabalhar (finalmente) numa empresa que gosto, porque já lá trabalhei em Portugal, e principalmente na área que desejo.
Depois de todo o esforço, momentos que desanimaram, perseverança e resiliência, uma comemoração caiu que nem ginjas :)
Andar de bicicleta é uma forma de me deslocar económica e facilmente e que acima de tudo me dá muito prazer.
Melbourne está preparada para ter bicicletas, peões e carros em simultâneo em quase todas as ruas, com estacionamento apropriado, o que permite utilizar a bicicleta como um meio de transporte, por ora o principal para mim, de uma forma cómoda. Obviamente quando chove torrencialmente é desconfortável e fico toda suja dos salpicos...
Tenho descoberto sítios lindos com a a minha bicicleta. Houve uma manhã destas de Inverno, que aqui mesmo perto de casa, me meti por uns caminhos de "cabras" e tive uns bons Kms de silencio, paz e uma vista maravilhosa.
Foi uma manhã especial, um momento meu.
Olha foi em Julho!
Frio não falta, dias pequenos e escuros também não... O grupo de Portugueses, mais Brasileiros, Croatas, Macedónios e Israelitas juntou-se e festejamos o Natal e o ano novo.
Bebeu-se bem, comeu-se até rebolar, passou-se a meia noite e no dia seguinte ainda se fez a almoçarada de dia 25 e jogou-se cartas e charadas!
Foi um bom Natal em Julho, porque é difícil meter na cabeça que Junho e Agosto são por aqui o pico do Inverno!
Para o ano há mais!
Sou uma esquisita com cabeleireiros, manicuras, depiladoras e qualquer outro serviço que mexa no meu visual. Não é porque me ache uma grande espingarda mas tenho dificuldade em entregar-me a quaisquer mãos. E se a coisa corre mal é caso para ter pena da parte responsável porque serei capaz de lhe rosnar!
Hong Kong, 8 meses sem cortar cabelo... Ah pois! Nunca ponderei sequer experimentar, tais eram as lamentações das demais Europeias! Cheguei a Portugal fui directa para o cabeleireiro. Aeroporto - Cabeleireiro!
Melbourne! Já vão 7 meses desde a última visita a Portugal. Ora bem, está na hora... Por aqui os cabeleireiros, SpAs, Salões são porta sim porta sim... Perguntei a algumas portuguesas que vivem por aqui e fiquei PANICADA! Cortam mal e é caríssimo. Mas quando digo caro, é mesmo caro!!!! E se é mau, não vai dar!
Mas eis que encontrei a solução!
Quais são as mulheres que mais se cuidam no mundo?
Quais são as mulheres que melhor fazem unhas, cabelos, depilações.... e afins?
Brasileiras!
Fácil: perguntei a uma Brasileira como fazia para arranjar o cabelo, mãos, pés... e pois claro: A X, a Y e a Z fazem isto, isto e mais isto e ainda vão a casa.
Hoje foi o dia:
Tratamento completo!
Minina, não há como garota Brasileira! Manerissima!
Durante as subidas e as descidas a cabeça não tem disponibilidade para mais nada senão "Onde ponho este ou o outro pé, e depois a mão... para não cair".
Lidar com a altura é um desafio, cada vez menos assustador.
Sente-se a evolução progressivamente se nos dedicarmos física e mentalmente à causa.
Nem sempre se consegue chegar ao final da parede, porque o cansaço nos vence, porque a opção escolhida foi errada, porque não tenho (ainda) elasticidade para por "ali" o pé... mas quando se completa a parede e se passa ao próximo nível, é recompensador e por isso desafiante!
Estratégia, força, perseverança e coragem, são ingredientes fundamentais.
Hoje foi um dia chuvoso de Inverno, depois de um bom almoço (Lentil) a tarde foi passada a escalar com amigos.
Um programa de domingo, seguido de um banho quente e um descanso merecido.
A intenção foi muito boa, a viagem de comboio para Belgrave (45 km de Melbourne, 1,5 horas cada viagem) muito longa, o espectáculo foi... ora bem!... poderia ter sido MUITO melhor.
O propósito desta "parade" é celebração do Solstício de Inverno (dia mais pequeno do ano).
É uma exibição de lanternas, de todos os tamanhos e feitios, feitas pelos participantes para este propósito: Crianças, adultos. seniores, cães... vale tudo!
É incrível ver o resultado de, estou certa que sim, tantas horas de trabalho para resultarem nestas "maravilhosas" lanternas :)
Estava à frente da rádio local que relatava e comentava as diferentes lanternas que surgiam. Deliciei-me e diverti-me com a forma caricata como o faziam.
Não foi memorável, mas foi mais uma experiencia com muito frio :)
Notas:
Os solstícios ocorrem duas vezes por ano. O dia e hora exactos variam de um ano para outro. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.
Os equinócios ocorrem nos meses de Março e Setembro quando definem mudanças de estação. Em Março, o equinócio marca o início da primavera no hemisfério norte e do Outono no hemisfério sul. Em Setembro ocorre o inverso, quando o equinócio marca o início do Outono no hemisfério norte e da primavera no hemisfério sul.
2014.06.21
A última "voltinha" (2014.06.14 and 15)
Perth:
City Beach: Mais um pôr-do-sol
Cottesloe Beach:
Sorrento beach:
Fremantle (tem muitos edifícios coloniais e mercados, muito agradável para "bater perna"):
E assim terminou uma "Road Trip" de Perth a Exmouth e de Exmouth a Perth.
Apanhei o avião de Perth para Melbourene de coração cheio.
Resumo: WESTERN AUSTRALIA trip
2014.06.07
Pináculos
Lancelin Beach
2014.06.08
Geraldton
Shell Beach, Wulgada
Shark Bay - World heritage area: Hamelin pool (Estromatolitos)
2014.06.09
Shark Bay - Monkey Mia - Dolphin resort
2014.06.10
Exmouth Lighthouse/ SS Mildura Wreck
2014.06.11
Tantabiddi Boat Ramp, Ningaloo Marine park (tubarões baleia)
2014.06.12
Cape Range National Park:Yardie Gorge trail
Turquoise Bay - Bloodwood Creek
2014.06.13
Coral Bay: Ningaloo reef
2014.06.14 and 15
Perth
Frementle
Cottesloe Beach
City Beach
Sorrento beach
Melbourne
Não ter uma selecção nacional para torcer, e me enervar MUITO, faria de mim uma pessoa mais tranquila!
Olha que caramba!: 5 minutos depois do começo do jogo PUMBAAAAAA um golão - fico eléctrica... passo mal o jogo todo porque empatamos, sofremos mais um e nos últimos segundos PUMBAAAAAA mais um golão... Ai Senhooooores!
Eram 8 da manhã. Tanta adrenalina ao acordar nem é saudável!
As esperanças são poucas, mas enquanto for possível acredita-se até ao fim.
Não sei fazer a coisa por menos... e esta situação inquieta-me!
Shark Bay: Monkey Mia - Dolphin resort
Todas as manhãs os golfinhos são alimentados em circunstâncias muito controladas e supervisionadas.
Tive oportunidade de assistir à sua chegada à costa (por livre vontade) e serem mimados com um peixinho.
Tive ainda oportunidade de ver pelicanos e emas.
Emas são aves não voadoras, bem parecidas com as avestruzes. São umas "tontas" espantadiças que me fazem rir só de se deslocarem.
As fêmeas poem cerca de 20 ovos e os machos incubam-nos durante 7 a 8 semanas, e não descuram o ninho durante 6 meses.
Os pelicanos são uns vaidosos que posam para as fotos descaradamente.
Têm uns bicos muito longos que formam uma bolsa para armazenar os alimentos, normalmente peixes.
Pelas longas e intermináveis estradas do oeste da Austrália (Western Australia), delimitadas por terra encarnada, tive várias surpresas:
Térmitas, também chamada formiga branca ou cupins.
Uma termiteira pode atingir vários metros de altura. É uma construção feita de terra, madeiras, excrementos de saliva, que as próprias térmitas mastigam formando a argamassa com que estas tenazes e temidas formigas constroem estes subsolo por numerosas galerias. São tão robustas que dificilmente são destruídos mesmo com a ajudado explosivos.
Trópico de Capricórnio, trópico do hemisfério sul, delimita a zona tropical da zona temperada sul.
Cangurus:
São amorosos. Tenho um carinho especial por este animal.
Vi muitos e ainda quero ver mais! Ao final do dia tem que se fazer uma condução mais cuidada e atenta porque acontece muitas vezes (infelizmente) serem atropelados a atravessar a estrada!
(2014.06.09)
Pernoitamos em Geraldton (424 Km a norte de Perth) e seguimos viagem pela costa em direcção a norte.
Shell Beach é uma praia coberta de pequenas conchas, calma e imaculada.
Não há o menor vestígio de lixo ou mão humana.
Apresenta-se assim branca e tranquila porque não há plâncton (microrganismos que se encontram em suspensão nas águas), tendo um aspecto completamente plano. Uma paisagem imperturbável.
2014.06.08, Shell Beach, Wulgada
Não tenho pretensões de ser uma grande cozinheira, mas adoro comer (aliás Eu Nasci para COMER) e tenho muito gosto em preparar refeições (principalmente quando me saem bem) e partilhá-las em momentos de convívio ou numa rotina perfeitamente banal.
Quando vivo sozinha tenho sempre vontade de fazer pratos e experiências... muitas vezes adiadas porque comer sozinha não tem grande graça... E isso tem consequências que evito!!!
Fazer um bolo e/ou scones ao domingo à tarde para acompanhar com chá, fazer um jantar mais elaborado, e calórico, para uma sexta-feira à noite partilhando um copo ou uma garrafa de vinho! São alguns dos exemplos deste grande prazer!
Ultimamente tenh0-me dedicado e tido oportunidades para fazer bastantes receitas, umas tiveram mais sucesso do que outras, mas continuo com as minhas experiências e a coisa vai melhorando!
No geral, gosto muito de fazer desporto. Faço diariamente por uma questão de saúde e porque me tem ajudado muito na minha recuperação, e ainda... preciso de perder uns quilinhos.
Este ano decidi perder o medo de fazer esforço nos braços e movimentos que impliquem mexer a caixa torácica. Desde que fui operada é uma zona muito sensível para mim e que me dá constantemente a sensação de não estar consistente, por isso me protejo de fazer o que quer que seja que me esforce nesse sítio.
Para isso comecei a nadar e ouso fazer umas flexões (que me custam muito) e a verdade é que tenho sentido melhorias óbvias. Devagarinho sem muitas "maluqueiras" acho que este é o caminho e assim perder o constrangimento de abrir uma porta pesada e fortalecer o meu peito. Nunca ficará igual ao que foi mas contornarei o problema, adaptando-me.
Para além dos treinos cardiovasculares e de resistência diários, procuro um desporto que tenha contacto com a natureza, que me faça raciocinar e assim alhear-me de qualquer outro assunto ou preocupação do momento, ou seja gostava de ter um hobbie que implicasse actividade física, que me desafiasse e ainda me proporcionasse bons momentos como por exemplo contacto com a natureza.
Parece que nada é por acaso! Quando cheguei a Melbourne pensei na escalada, cá há muitas possibilidades de praticar este tipo de desporto tanto em "indoors" como "outdoors", e conheci uma rapariga que me desafiou para experimentar e é ideal para fortalecer o meu peito.
Ontem foi o dia!
Experimentei escalar com um grupo que faz escalada há muitos anos e que tiveram paciência de me introduzir nesta difícil actividade com explicações, demontrações e supervisão. É um desporto de técnica, agilidade, perícia e estratégia! Cada passo é decisivo para o resultado final.
Estar nas alturas, suportado pelos nossos membros é uma sensação desafiante (Calma! temos a corda de segurança se tudo o resto falhar).
Gostei muito da experiência e vou repetir. Nos entretantos tenho que fazer o trabalho de casa e ganhar força abdominal e de braços. Para isso há que fazer muitas flexões, abdominais, nadar, andar de bicicleta, correr, pesos...
Fui para o HardRock em Nunawading de comboio, aqui em Melbourne. Passei um frio no caminho que me fez decidir investir em roupa bem quente para os próximos tempos. Sem dúvida... porque cheguei a casa roxa.
Um banho quente, chá quente e uma noite muito bem dormida, fizeram-me sentir no "céu".
O J ligou-me a dizer que fomos aceites para a casa e que nos podíamos mudar quanto antes.
Pumba! Uns saltos no meio da rua e um movimento de braços com uma legenda a dizer (YES!!!). A casa tinha feito o clique, candidatamo-nos e fomos aceites! Que bom!
Entre escolher a companhia para ligar a electricidade, água e gás… precisamos de uma cama! E um colchão…
Fui ver o catálogo da empresa sueca que começa com I e acaba em A, e caramba!!! Até o I**A tem preços enojoosos aqui, com a agravante de que preciso de uma cama GIGANTE.
O J passou os últimos tempos a sofrer com camas que lhe deixam os pés de fora. Onde meto eu este homem?
Um colchão custa XL e a base para a cama custa XXL… Comprar marcas boas poderá ser uma hipótese mas no início o investimento é grande e queria encontrar algo mais em conta. Mas se tiver que ser será!
Depois de uma pesquisa pela internet a sites de venda de mobília em segunda mão e outros, ponderei… Eu sou muito nojentinha, comprar um colchão em segunda mão não me agrada muito. E caso vá por essa via ainda tenho que contratar a empresa de mudanças para o ir buscar…. Hum…
Aprofundei a minha pesquisa de mercado e encontrei um site de colchões feitos à medida aqui na Austrália, com uns preços muito catitas para a realidade de cá. Resolvi explorar. Liguei para o contacto fornecido, atendeu uma senhora com um inglês muito limitado e um barulho de fundo ensurdecedor, no meio da dificuldade lá lhe consegui pedir a morada para ir ver os "ditos".
”O que é barato sai caro” pensei eu no comboio a caminho do armazém no meio sei lá do que. Mas é um colchão novo, e se não gostarmos vendo-o e compro outro… Mas por ora, pode ser uma solução.
Cheguei ao sitio combinado, toquei e ninguém me abria a porta. Liguei, falei com a vizinhança e lá veio um senhor com um ar ensonado que me levou para dentro do armazém para ver o colchão King Size de 2mx1,88m dentro de um plástico. Pedi para me deitar para experimentar, com gestos e palavras chave (péssimo o seu inglês). Ele acena “Ok” e eu dou a entender que tem pó (do melhor!). O senhor pega no cortinado e estende-o na cama (Gosto dele, pensei!!!). Bem… não é ortopédico como eu queria. Um pouco mole. Mas… é novo.
Negociei o preço e consegui um desconto de 50 dólares, combinei a entrega. Pronto…
O J cabe no colchão, o mais importante, não é duro e consistente como eu gosto, mas serve para o propósito.
A entrega foi outra anedota.
A senhora que anteriormente me atendeu o telefone veio num carro com um atrelado, que à primeira vista parecia um transporte para cavalos, grita-me lá de dentro, de uma forma estridente, que não pode estacionar...
...a solução foi ir tirando as coisas enquanto dava voltas à rotunda. No momento pensei:
1- "ainda bem que o J esta a trabalhar e estou aqui sozinha a lidar com esta loucura”
2- “...e ainda bem que não conheço os vizinhos, nem eles a mim”.
Lá se montou a base e colocou-se o colchão.
Os senhores eram bastante simpáticos e no fim um deles (o de cabelo à tigela encaracolado que pesada uns 100kg (+ alguma coisa) e estava todo suado) resolveu fazer uma piadola e disse-me “queres ver como é resistente?” e mandou-se para cima da cama… Eu sorri muito amareladamente, porque cá por dentro só senti o eco (NÃAAAAAAAO! sai dai!).
Mas o resultado final ficou bonito. Vamos ver quantas semanas ou dias dura esta minha aposta numa empresa de "vão de escada" nacional!
Os dias fazem-se de uma rotina improvisada para acudir às necessidades dos passos/ objectivos mais prementes e que quero ter resolvidos quanto antes. Quanto mais cedo, mais célere será o conforto de uma rotina mais minha.
Eu sou assim, impulsiva para caramba, meia louca das ideias, com uma garra destruídora… Foco num ponto e só descanso no resultado pretendido!
Calma, também não mordo. Se bem que eu acho que o J tem dúvidas! Kkkk
Não me queixo. As "coisas" têm corrido bem. Há determinados pontos que preciso sentir estabilizados. Vamos dizer que são os mínimos, depois estou por tudo!
No fundo adoro estas conquistas, mas que dá trabalho e massa o corpinho e a paciência, isso que ninguém questione!
(NOTA: Esta bagagem é de duas pessoas e não apenas minha)
Esta viagem está a servir entre muitas coisas boas e maravilhosas para perceber como devo viajar para a próxima e evitar cometer os mesmos erros.
Refiro-me a essencialmente a bagagem, porque neste momento se eu pudesse eliminava uns 75%! Já perdi uns 10%... e não sou pessoa de “semear” coisas, mas quando se anda com 2 malas mais uma mochila acontece!
Tudo o que se traz carrega-se às costas e ainda se paga excesso de bagagem. Ah pois é!
De qualquer forma posso sempre salvaguardar-me com a desculpa que estou a fazer uma viagem "nomada” que é igualmente uma transição da minha vida de Hong Kong para o próximo destino logo não é assim tão fácil viajar só com o essencial.
Para a próxima viagem que fizer não me quero esquecer de:
- Chapéu (trouxe)
- Óculos de sol (na trouxe)
- Protector solar (trouxe)
- Ténis (perdi logo nos primeiros dias)
- Chinelos (trouxe)
- Polar/ sweatshirt (trouxe mas é muito fina)
- Meias (trouxe)
- Cadeados para as malas (trouxe)
- Tampões para os ouvidos (mesquitas, motas, galos…) (sempre comigo)
- Lanterna (Nop)
- Fio dentário/ escova de dentes (sempre comigo)
- Toalhitas húmidas e lenços (sempre comigo)
- Corta vento/ impermeável (trouxe)
- Repelente de mosquitos (DEET) (trouxe)
- Lençol/ saco cama (Não trouxe, nem tenho)
- Máquina fotográfica (trouxe)
- Saco estanque (Não trouxe, nem tenho)
- Medicamentos (SempRRRe!)
Em relação a roupa, 3 a 4 mudas velhas de preferência, porque tudo o que vem idealmente deve ficar. Eu não queria acreditar mas aprendi bem a lição. Chinelo no pé, roupa confortável e paz de espírito é o essencial para se viver bem estes dias.
O calor era ardente, a poluição fazia-se sentir intensamente, principalmente quando atravessávamos a estrada. Lembro-me de estarmos uma "eternidade" à espera que o semáforo virasse para encarnado e assim pudéssemos atravessar em segurança. Em vão!... porque não houve forma. Atravessamos assim mesmo, à sorte.
Relaxei, comi bem (Sempre!), andei muito... quando viajo é assim: gasto sola, e de que maneira senhores!... é a melhor forma de sentir o destino, é explora-lo a pé. Ter oportunidade de ver as pessoas locais na sua rotina, explorar os sítios menos turísticos e entrar na sua realidade na medida possível.
O meu tom de pele não me permite passar muito despercebida por aqui, mas tento misturar e enlear-me nesta realidade.
Não acho que tenha conhecido o suficiente para ter uma opinião justa. Foram 3 dias, 3 dias maravilhosos mas por outras razões!
Kuala Lumpur não me fascinou no geral mas ofereceu-me boas recordações em situações particulares:
Petronas: Absolutamente magníficas. Merecem uma visita de dia e de noite... Delicioso por-do-sol!
Torres Petronas: um dos arranha-céus mais altos do mundo. São ocupadas pela companhia Petronas, a companhia governamental do petróleo de Kuala Lumpur.
Um evento militar que permitiu aceder aos festejos a haver, música, experiências e simulações. E claro que fiz todo o gosto em participar... bastante divertido!
Parques naturais e muuuuuito para caminhar, conversar, relaxar... cheiinhos de calor mas sempre bem dispostos.
Pediu-se (Pedi!!! LOL) boleia descaradamente a um simpático individuo que parou para nos dar indicações. Estávamos relativamente perdidos, cansados e a ressacar algo fresco que nos saciasse a sede...
Bird Park! Terminamos a tarde em beleza... Cervejinha fresquinha, conversa e mais conversa e mais cerveja.
(Nota: não é fácil, como se compreende, encontrar álcool num pais muçulmano. Mas também não é impossível!)
Ainda a registar: foi içado uma alerta de tufão numero 8 em Hong Kong que me impediu de voltar na data prevista e fez-me aguardar umas 24h até poder regressar a casa.
Um fim-de-semana intenso mas muito divertido que deixou uma doce recordação!
Sexta feira, dia 15 de Novembro 20:00... a nossa Amália e eu recebemos o meu amigo C. de copo de vinho branco do Douro na mão e muitos abraços saudosos se deram naquela receção tão Portuguesa. Só faltou o caldo verde. Mea culpa (mas não tive tempo).
"(...)uma promessa de beijos
dois braços à minha espera...
É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!"
Mudou-se o ambiente para o México, não nos entregamos aos mojitos mas sim as coronitas...
E lá foi!!! Com muita alegria e boa disposição a bailar, a petiscar e a cantar. Sempre "empurrados" com brindes atrás de brindes!
COYOTE bar, HK
O presente de aniversário do C. foi um "corte de cabelo" na cadeira do barbeiro. BEBE!!!!
Cadeira de shots. COYOTE bar, HK
Estreei-me no 2o bar mais alto do Mundo: OZONE no ICC em HK. Ainda não tinha ido e foi uma boa oportunidade.
A noite foi... muito animada!
ICC, HKK
Eu, C., F. e M.
(esta fotografia insistiu em ficar deitada, não me apeteceu aborrecer-me mais depois de tentar 10xs para a por direita - Ficámos e estávamos tortos LOL)
Acabámos por regressar a casa com um cansaço extremo e com um nível alcoolémico considerável.
No dia seguinte acordamos doentes e ... a jurar que nunca mais bebíamos. A idade já não perdoa! Mas nada nos impediu de ir bater perna por HK. Mesmo estando num estado miserável. Eu ainda hoje estou doente!
MongKok (considerado dos sítios mais densamente populados do mundo) e central foram os sítios escolhidos para passar o dia depois de uma noite tão sui generis.
Stanley, HK
No domingo deu para fazer uma passeio pela parte mais costeira da ilha com praias.
Stanley proporcionou-nos uma almoço de esplanada muito agradável num edifício colonial com uma brisa quente e uma boa conversa.
Matar saudades, lembrar tantas coisas vividas, rizadas e conversas sérias...
É tão bom receber os nossos e sentir que por mais que o tempo passe as coisas não mudam.
O Colchão extra já cumpriu a serventia destinada. Não se prevêem mais visitas até ao final do ano por isso vou vende-lo assim que for possível.
Adoro proteger-me com o meu sentido de humor.
Talvez seja só isso mesmo, uma defesa. Mas já me ri muito com o que me faz chorar.
Ah! E rio-me de mim com muita frequência. Não me considero uma ”palhaça” mas acho-me piada.
Costumo dizer que por vezes a vida parece os “100m barreira”, mas eu não salto nem uma e PUMBA lá vai mais uma queda e de boca… Caramba! E às vezes aleija.
Um dos meus maiores desafios de vida (sem duvida!) é perceber o que é isso do ”apego”?
A primeira vez que me vi de frente com esta questão, foi há cerca (sensivelmente mais) de um ano por uma Senhora que muito me ensinou, e mais admiro ainda, que me deixou esta questão no ar! Desde então tenho refletido muito sobre o assunto!
O apego. É complexo! Tem ramificações e complexidades pouco claras, sendo difíceis de decifrar… (Eu tenho “dissecado” o assunto aqui dentro lentamente). Tinha uma ideia mas só me apercebi da real dimensão das suas ramificações quando me meti ao caminho.
O apego cria-se com pessoas, animais, crenças, sentimentos, locais, memórias…
Pode-se manifestar de forma saudável, leve, tranquila, livre. Ou é facilmente transformado em algo sombrio, viciante, pesado, doloroso, tóxico…
O apego é um laço. Uma conexão. Um vínculo.
Ligações que provocam uma determinada emoção.
Uma necessidade (por vezes desesperada) que essa ligação permaneça para que essa emoção se perpetue.
Quando provamos, gostamos e queremos mais.
Quando associamos o sentir a algo.
Quando esse sentimento passa a ser um substantivo, um nome, qualquer coisa. Neste sentido é dependência.
É um gatilho!
Mas a verdadeira armadilha reside neste pormenor. De tão bem nos sentirmos, começamos a pensar: Ter é bom. Não ter é mau.
A posse, o desespero da privação, o medo da falta…
Aí Já não há amor, mas apego. O apego estraga… mata relações.
O apego é egoísta e destrutivo.
Infelizmente, com mais frequência que o desejável, associa-se o gostar ao apego: “preciso de ti”! Sentindo que o apego é recíproco, combate-se a solidão, sente-se a aprovação, validação e até a aceitação. …”O casulo. O veneno partilhado. A vampirização mútua. A cobrança.”
O amor verdadeiro é livre, não cobra. Quase utópico…
Sendo difícil de atingir este estadio, abordo o amor como… uma relação que estabeleço com o que recebo. Um negócio delicado!
Apaixono-me pelo que me oferecem, e aí há espaço para tudo: Para admirar uma boa pessoa para os outros e para nós, o saber dar e receber, o brilho dos olhos que me dirige, o “nós” ao invés do “eu”. Se isso se dissipar, esvair ou for um engano… o objeto do amor desaparece.
Praticar o desapego é, neste sentido, libertador.
Valorizar os verdadeiros sentimentos, não possuindo, viver a experiência do agora.
É dizer “quero que sejas feliz”, “quero dar-te”, “quero que sejas livre e voes”. É partilhar, fazer crescer. É ser incondicional. É amar a pessoa tal como a encontrei, sem a tentar mudar ou modificar.
Eu pretendo aprender o ”desapego” para sempre e não só agora.
Baseado num texto de David Nascimento
BOM DIA!!!
Adoro manhãs:
- Quando durmo bem;
- Porque tenho oportunidade de andar a pé para o trabalho e o tempo está convidativo;
- e porque adoro começar o dia da melhor forma e com energia!
Aqui em HK, como ninguém me percebe (português), ando a desenvolver um hábito que me dá bastante prazer! Cantar... Atenção que canto mal "para caramba". Mas adoro quando me lançam aquele sorriso que transmite: És estranha mas gosto da tua energia!
Canto na rua, músicas portuguesas normalmente: Simone, Carlos do Carmo, e outros que não confesso :)
Esquisitos somos todos aqui!!! Cada um a sua forma e a minha hoje foi assim:
Toma lá:
E lá ia eu, ora Zumba na caneca, Catrapumba e aos saltinhos....
As primeiras havaianas surgiram em 1962 inspiradas numa sandália Japonesa típica chamada Zori.
Gosto do seu design e conforto, e por isso há muito tempo que as uso. Já comprei e ofereci inúmeros pares, principalmente nas viagens que fiz ao Brasil mas… Em termos de segurança deixaram de me convencer.
Por experiência de outrem e agora pela minha própria experiência deixaram de ser a minha eleição.
Viagem a Sabang:
(Eu e o meu irmão. Fotografia de Miguel Miraldo)
Outubro 2013, Sabang (Palawan), Puerto Princesa, Filipinas
O tipo de rocha lascada em forma de bisel disposta em camadas sequenciais da uma uma imagem continua com altos e baixos. Um trabalho muito bem ordenado pela natureza.
(Eu, F. e o meu irmão. Fotografia de Miguel Miraldo)
A travessia por por esta via não era uma grande ideia mas pareceu-nos possível. Aí fomos nos!
Em grupo íamos decidindo: Vamos por aqui, depois por ali, atenção onde se colocam os pés!
Esperávamos que a onda rebentasse numa explosão impressionante que culminava numa ascensão de espuma vários metros acima de nós e o caminho ficava livre novamente, por uns segundos (necessários), para atravessar para a próxima etapa.
Outra rocha e assim sucessivamente ate chegar a desejada praia a jusante da cabana onde pernoitamos embalados pelo som do mar.
(Fotografia de Miguel Miraldo)
Num determinado momento, uma das minhas havaianas cede e torce-se (não são o calçado ideal para andar em cima de rochas é um facto!), tropeço, agarro-me num “mano a mano” à rocha lascada com inúmeras laminas afiadas, numa intimidade em que “lhe” implorei um abraço reciproco “NÃO ME DEIXES IR!!!”.
Perdi os segundos a que tinha direito para a minha passagem para a rocha seguinte e fui coberta e esmagada pela força da água que me faz deslizar, com o devido atrito e posteriores sequelas, pela rocha abaixo.
Eu só não queria soltar-me e ficar à demanda da corrente. Aí as consequencias seriam mais graves!
O pior passou, sentia dor e ardor mas galguei a rocha com a uma força e vontade que antes não existiam. A adrenalina faz milagres.
Cheguei a um topo um pouco mais seguro, contudo ainda ao alcance da água.
Eu levava comigo a câmara fotográfica do meu irmão à tiracolo numa bolsa de viagem bem volumosa, muito mais resistente que poderia achar, já que fiquei submersa na água por segundos.
Logo que ganhei algum tempo abro a bolsa embebida em água e saco a maquina num gesto rápido e preciso e prossigo caminho com o braço esticado, a mão ao alto a segurar a câmara.
A F. ao avistar-me lança-me uma expressão de espanto e diz: Calma! Vamos tratar disso e vai ficar tudo bem!
Olho para as minhas pernas encarniçadas do sangue que escorria e percebi que me tinha magoado à séria. Os cortes não foram profundos embora numerosos, os hematomas foram significativos mas não tiveram consequencias maiores.
Perdi os chinelos, feri-me e mergulhei a câmara fotográfica do meu irmão no mar.
O meu irmão enfureceu-se com a minha preocupação com a maquina, o que poderia levar a uma segunda colheita pelo mar.
É bom interiorizar que nestas situações o material não é importante e os acidentes mais graves acontecem muitas vezes por essa preocupação. Contudo a câmara salvou-se, felizmente!
Embora eu queira muito, ainda não tenho a força de braços que tinha antes e tenho que ter uma postura mais conscienciosa e defensiva nestas situações. Tenho que ter paciência!
Ainda com havaianas, mas com outro protagonista - o meu irmão - no caminho para casa, agora pelo mato a dentro (uma alternativa mais segura e com algumas surpresas também), torceu uma havaiana (outra vez) e deu um mergulho direto numa poça densa de lama.
Ouço um splash, olho para trás, procuro o meu irmão branquinho e imaculado e encontro uma personagem castanha enlameada e irritada! A situação serviu de analgésico para as minhas mazelas e ainda me fez dar umas boas gargalhadas.
(aguardo uma foto ilustrativa da hilariante situação :))
Para mim Havaianas nunca Mais!!!