Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive Ricardo Reis
Não sei a resposta e não tenho muitos bons conselhos para dar. Ter sorte será uma ajuda importante.
Motas com 3 e 4 pessoas mais um carrinho de mão em suspensão ou um bicicleta em braços erguida no ar, é normal.
Montes de terra a ocupar a minha faixa. Obras.
E tudo o que pode ocupar uma estrada não é estranho! Os obstáculos de variadas naturezas estão la e o pessoal que se desvie.
Bicicletas e mesmo motas encostadas à minha berma, mas a moverem-se em sentido contrário. É mato!
Camiões gigantes, carroças e animais a atravessarem-se na estrada mais uma densidade de motoretas a aparecerem em todas a direcções possíveis e a ultrapassarem por ambos os lados conduzidas por seres humanos desde os 8 anos aos 90 anos de idade. Igualmente normal!
(Estas fotos pouco reproduzem o caos da estrada. Ia agarrada ao volante e o J aos ... OO, mapas :) )
Tudo é possível e as regras não existem. Cumpri-las chega a ser um perigo. Se paro numa passadeira vou ser ultrapassada certamente e os peões ficam confusos COMIGO.
Choveu torrencialmente, andamos 300 Km em dois dias inteiros já que 30Km/h é uma boa média por aqui! Apanhámos estradas em que a largura das duas faixas juntas, era pequena para um carro...
Uma tarefa arriscada! Enfrentei provas arriscadíssimas! E já no final do segundo dia, a inverter a marcha numa estrada vazia bati (encostei levemente) numa mota de uma adolescente com 15 anos, parada atrás de mim (Céus! Eu não a vi).
Ficou presa ao meu pará-choques! Fiquei "roxa" e super incomodada (ou talvez mesmo aborrecida). Senti-me super preocupada (sentia os meus olhos em água) com a menina e a sua mota mas felizmente não houve danos. Numa estrada deserta apareceram não sei quantas almas para ver o que se passava. Insistimos para saber se a menina estava bem e se a mota precisava de reparação. Mas ficou tudo certo. Diz o J que se fosse em Timor Leste seriamos abordados com catanas e abriríamos a carteira à grande!
(Locais + J a desencastrarem a mota do nosso para-choques)
Depois de ficar descansada com a minha vítima, só pensava o quanto iríamos ser "sugados" pelos riscos no carro! Aqui estrangeiro PAGA sempre! No fim, felizmente não houve consequências.
Foi uma experiência. Sem dúvida! Intensa e stressante.
Foi a minha primeira vez a conduzir à direita. Cada vez que queria fazer pisca limpava os vidros. E às vezes em vez da segunda metia a marcha atrás. Ah, também confundi as faixas!
Conduzir uma carripana de 7 lugares também não é maneirinho!
E a experiência de condução aqui é tipo jogo de computador. Vão aparecendo "cenas" e temos que nos desviar. E há vários níveis! Mas só devemos ter uma vida!
Apesar do J ir tenso e com dificuldades de fazer a digestão ao meu lado, enquanto eu dominava a viatura, vimos sítios muito bonitos e outros nem tanto mas conhecemos as redondezas de PadangBai!
A pérola da viagem:
Eu: J, não me trates com uma anormal sff!
J: T! Então vai para a tua faixa sff!
Nota: Pais! Prometo não conduzir mais aqui. Pelo menos tão cedo. Até para o bem da minha relação com o J (LOL).