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Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive Ricardo Reis
Nesse dia não tinha recebido uma grande noticia. Pareceu-me assim nessa altura.
Queria (mais uma vez) aquele chão seguro e robusto debaixo dos meus pés!
O que se faz sem “certezas” e previsões…? (ui tanta coisa! e também se come e toma banho).
Era o final de um dia de trabalho, esperava no portão para embarcar e ocorriam-me milhares de pensamentos, questões...
Iria voltar a uma cidade que tinha ficado a “meio”, tínhamos mais para viver do que a primeira vez nos permitiu.
Isso agradava-me, mas confesso que ia desejosa por te ver.
Cresceu aquela emoção e sentimento, mal podia sentir o “mote” para ao avistar-te "fazer a chamada" e acelerar o passo e correr para esses braços.
Entrei num paraíso.
Descansei a alma como nunca…
Vi as cores mais vivas de muito tempo, voltei a cheirar delicias e horrores tao contrastantes e característicos desta cidade.
Recebi e dei muitos sorrisos.
Sentia-me leve, as minhas pernas seguiam a minha curiosidade.
Caminhei até sentir gastar as solas dos sapatos, adormeci no teu ombro na viagem doce e interminável de barco. Fui bem massajada por abençoadas mãos de quem sabe (como adoro aquela forca).
Conversei muito (o que adoro falar!), mas vivi pacíficos silencios… Cada vez os aprecio mais.
Chinelo no pé, um trapinho confortável, boa energia, um olhar doce ao meu alcance e dias inteiros pela frente. Um paraíso gerou-se, assim!
Consegui isolar aqueles momentos cheios e completos, senti amor pela vida de uma forma tão genuína. Eu estava ali!
Digo com vaidade: Eu sou assim! (sempre que consigo!)
Banguecoque, Tailândia. Setembro de 2013