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Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive Ricardo Reis
As diferenças existem e sempre existiram.
Hoje percebo a falta de tolerância, resultado da intensa convivência, que existe por parte dos expats perante os locais.
No inicio não percebia muito bem porque havia tantas queixas! Mas trabalhar num ambiente local é bem diferente do convívio social que se desenvolve ao longo do (muito) tempo que, eventualmente, se passe por aqui.
Implicamos porque: há falta de frontalidade, pela aparente falta de maturidade, humor básico e criançola, falta de eficiência, de estrategia… arrotos em público, excesso de decibéis... e por aí adiante!
Mas: Não roubam, não refilam, não respondem agressivamente, não são mal intencionados, são incrivelmente pacíficos e de trato muito agradável na maioria das vezes. Esta saturação, chamemos-lhe assim, que nos aborrece ou irrita muitas vezes não nos faz melhores pessoas. Por isso merece alguma reflexão!
Nunca me esqueço que não estou no meu pais e por isso respeito-os e sinto-me feliz de ser bem tratada por aqui, e por outro lado as diferenças não têm que ser negativas. São assim e pronto!
De facto, eu não gosto de “incompetência” mas talvez eles não apreciem esta “velocidade” e “stress” tão natural para nós.
Se às vezes não pratico tão bem esta 'compreensão', ao menos tenho consciência e valorizo as suas qualidades mais do que os seus defeitos.
Nota: O facto de considerar "nós" e "eles" denota uma separação não intencional e que foge do objectivo.
O amor que se pratica no (meu) dia-a-dia, é assim, para entrar a “pés juntos”, egoísta.
O amor incondicional sente-se por filhos, por pais… e (aqui) não me atrevo muito porque ainda não tenho a desejada experiencia de ser mãe. Contudo, no (meu) dia-a-dia o amor que se sente está condicionado por um dar e receber e aqui cresce-se e amadurece-se e tornamo-nos em melhores amantes |até de nós mesmos|.
O percurso talhado faz-nos melhores, se nós deixarmos e abrirmos o coração. Uma vida inteira talvez não chegue para a perfeição, mas o melhor está na “subida da encosta”.
Para mim, o meu amor é assim algo comparável a uma fé. É um sentido que dou à minha vida.
…
Se não nos tratam de forma adequada dói, se não nos superam as expetativas já não é o mesmo… lá está, é egoísta! É difícil viver sem ”ele” mas ”ele” é a causa das minhas alegrias, das minhas desilusões e das tristezas. E aqui cabe muito, os amigos pertencem a esse espaço: eu amo alguns amigos, poucos mas amo!
Descubro em mim que quando vivo sem amor vivo isenta de autenticidade, falta-me aquela chama aqui dentro. Adoro dar e receber ou receber e dar… um não implica o outro (ou implica!).
Dos muitos trambolhões que dou, é imperativo dizer que a vida tem sabido pôr-me à prova e que cada passo à frente é um desafio mais ousado. Como se fosse evoluindo, é exatamente assim que o sinto. Considero-me uma Mulher de sorte por poder crescer e sentir que o amor que procuro (e encontro) e sinto é cada vez mais completo, grandioso, honesto e mais importante que tudo… consciente.
“Que bom amar-te pelo respeito que suscitas em mim, pela admiração que cresce por seres tu, pela amizade que existe em nós e porque me fazes sorrir”. E sim, concordo plenamente: que assim seja, eterno, enquanto dure. Depois se a vida assim o ditar, que venha a próxima fase. Mas sempre de peito aberto.
“Boa noite meu amor”
Sexta feira, dia 15 de Novembro 20:00... a nossa Amália e eu recebemos o meu amigo C. de copo de vinho branco do Douro na mão e muitos abraços saudosos se deram naquela receção tão Portuguesa. Só faltou o caldo verde. Mea culpa (mas não tive tempo).
"(...)uma promessa de beijos
dois braços à minha espera...
É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!"
Mudou-se o ambiente para o México, não nos entregamos aos mojitos mas sim as coronitas...
E lá foi!!! Com muita alegria e boa disposição a bailar, a petiscar e a cantar. Sempre "empurrados" com brindes atrás de brindes!
COYOTE bar, HK
O presente de aniversário do C. foi um "corte de cabelo" na cadeira do barbeiro. BEBE!!!!
Cadeira de shots. COYOTE bar, HK
Estreei-me no 2o bar mais alto do Mundo: OZONE no ICC em HK. Ainda não tinha ido e foi uma boa oportunidade.
A noite foi... muito animada!
ICC, HKK
Eu, C., F. e M.
(esta fotografia insistiu em ficar deitada, não me apeteceu aborrecer-me mais depois de tentar 10xs para a por direita - Ficámos e estávamos tortos LOL)
Acabámos por regressar a casa com um cansaço extremo e com um nível alcoolémico considerável.
No dia seguinte acordamos doentes e ... a jurar que nunca mais bebíamos. A idade já não perdoa! Mas nada nos impediu de ir bater perna por HK. Mesmo estando num estado miserável. Eu ainda hoje estou doente!
MongKok (considerado dos sítios mais densamente populados do mundo) e central foram os sítios escolhidos para passar o dia depois de uma noite tão sui generis.
Stanley, HK
No domingo deu para fazer uma passeio pela parte mais costeira da ilha com praias.
Stanley proporcionou-nos uma almoço de esplanada muito agradável num edifício colonial com uma brisa quente e uma boa conversa.
Matar saudades, lembrar tantas coisas vividas, rizadas e conversas sérias...
É tão bom receber os nossos e sentir que por mais que o tempo passe as coisas não mudam.
O Colchão extra já cumpriu a serventia destinada. Não se prevêem mais visitas até ao final do ano por isso vou vende-lo assim que for possível.
Atraso-me a publicar os tesourinhos, que vou encontrando e quero registar, e depois vai tudo em catadupa.
1- Vista brutal de uma varanda (Sim varanda!!! Aqui em HK quase não há varandas!) de um apartamento:
Num jantar com comida deliciosa, pessoas alegres, um bom vinho... Esta vista até deu colo!
Sai Wan Ho, Hong Kong
Passe o tempo que passar, a vista que HK oferece é sempre maravilhosa e impressionante.
Mesmo quem cá vive há muitos anos admite que continua a apreciar a vista (de várias perspectivas) que esta cidade tem!
2 - Uma sobremesa chinesa "fofi":
Está engraçado Sim Sra.! Mas se eu conseguisse descrever o alarido que foi quando os porquinhos chegaram à mesa! Meu Deus! Tanto gritinho e gemido de excitação que só me apetecia mandar um GRITO de ordem!
Chinesinhas... Façam só um bocadinho menos de barulho. Pode ser???
3-Casual Friday: À vontade não e à vontadinha!!!
À sexta-feira o código de vestuário vigente permite ir para a empresa vestido de uma forma mais casual.
O pessoal abusa! Casual pode incluir T-shirts de futebol e fatos de treino... pois! pelos vistos, Pode!
4- Não há cá misérias!
Que maçada! Comprei 4 (Sim QUATRO!!!) MACs e agora tenho que esperar por um táxi para ir para casa!
5 - Pega na sacola, põe às costas e faz-se ao caminho!
E não pia!!! A criança lá ia "na maior"!
6- HappyDeepWali!
Presente de uns queridos amigos, Festa das Luzes da religião Hindu!
7- Já começa o martírio!!!
Para o Natal eu desejo (apenas) Saúde, Sorte e Sucesso na vida... E já que estou a ser "lambona": DEIXAR DE GOSTAR (tanto) De CHOCOLATE!
8- Em HK vê-se muitas senhoras com trabalhos de esforco:
Confesso que às vezes me da alguma misericórdia.
Porque, se por um lado se pratica (dizem!) a cultura de a mulher tentar arranjar homem "branco" para ter uma boa vida, muitas há que se esforçam fisicamente por um prato na mesa... O meu respeito!
Faço aquele caminho quase todos os dias.
Gosto muito de observar aquela rua a acordar, enquanto eu caminho pela minha rotina. Apanho o eléctrico numa rua mais à frente.
Apaixona-me a sua dinâmica. É diferente consoante o período do dia. Já conheço as suas personagens principais e vou imaginando histórias para algumas delas.
Olho de esguelha e fico presa ali…
A forma como aquela senhora, de (descom)postura marcada pelo esforço diário que o seu ofício requer, encara chama-me a atenção. Todos os dias entre as 8:00 e as 8:30 da manha lá esta a montar a banca!
Forra-a de flores e com algumas frutas e sempre da mesma forma.
Faz uso de umas caixas bem usadas, muitas já não estão completas e alguma têm a madeira apodrecida, mais uns caixotes maiores, ferros “descasados”… Agarra-se aquilo e não vê mais nada!
Já lhe arranquei um sorriso, vi-lhe os poucos dentes que tem e estão mal tratados… queria agarrar-lhe o olhar, mas ela não deixa!
Adoro aquela rua, gosto de ir e voltar por lá. Um recanto sem carros cheio de comércio local, para mim é sem duvida um dos encantos de HK: tão tecnológica e ao mesmo tempo tão tradicional.
Senhora de olhos fundos e cansados, eu gosto de si!
Nesse dia não tinha recebido uma grande noticia. Pareceu-me assim nessa altura.
Queria (mais uma vez) aquele chão seguro e robusto debaixo dos meus pés!
O que se faz sem “certezas” e previsões…? (ui tanta coisa! e também se come e toma banho).
Era o final de um dia de trabalho, esperava no portão para embarcar e ocorriam-me milhares de pensamentos, questões...
Iria voltar a uma cidade que tinha ficado a “meio”, tínhamos mais para viver do que a primeira vez nos permitiu.
Isso agradava-me, mas confesso que ia desejosa por te ver.
Cresceu aquela emoção e sentimento, mal podia sentir o “mote” para ao avistar-te "fazer a chamada" e acelerar o passo e correr para esses braços.
Entrei num paraíso.
Descansei a alma como nunca…
Vi as cores mais vivas de muito tempo, voltei a cheirar delicias e horrores tao contrastantes e característicos desta cidade.
Recebi e dei muitos sorrisos.
Sentia-me leve, as minhas pernas seguiam a minha curiosidade.
Caminhei até sentir gastar as solas dos sapatos, adormeci no teu ombro na viagem doce e interminável de barco. Fui bem massajada por abençoadas mãos de quem sabe (como adoro aquela forca).
Conversei muito (o que adoro falar!), mas vivi pacíficos silencios… Cada vez os aprecio mais.
Chinelo no pé, um trapinho confortável, boa energia, um olhar doce ao meu alcance e dias inteiros pela frente. Um paraíso gerou-se, assim!
Consegui isolar aqueles momentos cheios e completos, senti amor pela vida de uma forma tão genuína. Eu estava ali!
Digo com vaidade: Eu sou assim! (sempre que consigo!)
Banguecoque, Tailândia. Setembro de 2013
Adoro proteger-me com o meu sentido de humor.
Talvez seja só isso mesmo, uma defesa. Mas já me ri muito com o que me faz chorar.
Ah! E rio-me de mim com muita frequência. Não me considero uma ”palhaça” mas acho-me piada.
Costumo dizer que por vezes a vida parece os “100m barreira”, mas eu não salto nem uma e PUMBA lá vai mais uma queda e de boca… Caramba! E às vezes aleija.
Um dos meus maiores desafios de vida (sem duvida!) é perceber o que é isso do ”apego”?
A primeira vez que me vi de frente com esta questão, foi há cerca (sensivelmente mais) de um ano por uma Senhora que muito me ensinou, e mais admiro ainda, que me deixou esta questão no ar! Desde então tenho refletido muito sobre o assunto!
O apego. É complexo! Tem ramificações e complexidades pouco claras, sendo difíceis de decifrar… (Eu tenho “dissecado” o assunto aqui dentro lentamente). Tinha uma ideia mas só me apercebi da real dimensão das suas ramificações quando me meti ao caminho.
O apego cria-se com pessoas, animais, crenças, sentimentos, locais, memórias…
Pode-se manifestar de forma saudável, leve, tranquila, livre. Ou é facilmente transformado em algo sombrio, viciante, pesado, doloroso, tóxico…
O apego é um laço. Uma conexão. Um vínculo.
Ligações que provocam uma determinada emoção.
Uma necessidade (por vezes desesperada) que essa ligação permaneça para que essa emoção se perpetue.
Quando provamos, gostamos e queremos mais.
Quando associamos o sentir a algo.
Quando esse sentimento passa a ser um substantivo, um nome, qualquer coisa. Neste sentido é dependência.
É um gatilho!
Mas a verdadeira armadilha reside neste pormenor. De tão bem nos sentirmos, começamos a pensar: Ter é bom. Não ter é mau.
A posse, o desespero da privação, o medo da falta…
Aí Já não há amor, mas apego. O apego estraga… mata relações.
O apego é egoísta e destrutivo.
Infelizmente, com mais frequência que o desejável, associa-se o gostar ao apego: “preciso de ti”! Sentindo que o apego é recíproco, combate-se a solidão, sente-se a aprovação, validação e até a aceitação. …”O casulo. O veneno partilhado. A vampirização mútua. A cobrança.”
O amor verdadeiro é livre, não cobra. Quase utópico…
Sendo difícil de atingir este estadio, abordo o amor como… uma relação que estabeleço com o que recebo. Um negócio delicado!
Apaixono-me pelo que me oferecem, e aí há espaço para tudo: Para admirar uma boa pessoa para os outros e para nós, o saber dar e receber, o brilho dos olhos que me dirige, o “nós” ao invés do “eu”. Se isso se dissipar, esvair ou for um engano… o objeto do amor desaparece.
Praticar o desapego é, neste sentido, libertador.
Valorizar os verdadeiros sentimentos, não possuindo, viver a experiência do agora.
É dizer “quero que sejas feliz”, “quero dar-te”, “quero que sejas livre e voes”. É partilhar, fazer crescer. É ser incondicional. É amar a pessoa tal como a encontrei, sem a tentar mudar ou modificar.
Eu pretendo aprender o ”desapego” para sempre e não só agora.
Baseado num texto de David Nascimento
Mudei a minha direcção para tirar uma foto.
Mas afinal:
E portanto era apenas um outfit de ocasião (a cauda a dar a dar... deliciou-me e exibir tamanho volume de Bunda não é para todos!)
Estou em HK, seria perfeitamente possível, ter alguém a andar na rua com o seu próprio estilo...
Mas aparentemente é apenas o halloween!