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Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive Ricardo Reis
Penteio o cabelo, de uma forma diferente do habitual… não deposito a mesma carícia, a mesma ternura com que gosto de o fazer.
Sinto-me vazia, sinto-me o mais parecido com o estado de perdido que conheço. Não percebo outra vez onde começa ou acaba, ou o simplesmente o porquê deste vazio.
O que é que a vida tanto se esforça por me mostrar e eu não percebo?
Porque é que não chega? O que é que eu quero tanto??? E não vem… e será que eu quero?
Lavo-me, integralmente, mudo a cama, a roupa… como se assim conseguisse lavar os vestígios daquilo que me deixou assim. E no fim é o quê? Se eu ao menos conseguisse saber o que é.
A situação repete-se, e volta ao mesmo… porque é que eu não "apanho"? Eu quero perceber. Eu quero lavar a alma, quero sentir-me em paz. Nem preciso sentir-me extasiada ou muito feliz… já que a “conta” a seguir é pesada.
Utilizo a minha arma mais genuína e que, inteligentemente julgo eu até à data, é mais eficaz: a sinceridade... para gerir, sim GERIR é mesmo a palavra, a situação, para depois me sentir nua, despida… desprovida de qualquer segurança.
Dói…
Depois de um dia cheio de obrigações… procurei o conforto naquilo que me enche e me faz sentir viva, infelizmente a sensação é tudo menos agradável, para no fim a minha única solução ser um golo de água com algo que me leve sem eu pensar.